Dificuldades económicas da empresa
As dificuldades económicas da empresa podem surgir por vários motivos: quebras de faturação, atrasos nos pagamentos dos clientes, aumento dos encargos com empréstimos, dívidas acumuladas junto da banca, da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), da Segurança Social ou dos fornecedores.
Estes problemas, quando não são enfrentados a tempo, podem colocar em risco a continuidade do negócio.
Contudo, atravessar uma crise financeira não significa automaticamente o fim da atividade. Muitas empresas conseguem recuperar, reorganizar-se e voltar a crescer, desde que adotem uma estratégia eficaz e contem com o apoio jurídico adequado.

Quais são os sinais de dificuldades económicas da empresa?
As dificuldades económicas não costumam surgir de um dia para o outro.
Em regra, dão sinais progressivos que, quando identificados a tempo, permitem evitar danos maiores. Alguns dos sinais mais comuns incluem:
- Incapacidade para pagar fornecedores dentro dos prazos acordados;
- Falta de liquidez para pagar salários e encargos sociais;
- Notificações da AT ou da Segurança Social sobre dívidas ou processos de execução fiscal;
- Incumprimento de prestações bancárias ou corte de linhas de crédito;
- Perda de clientes importantes ou quebra significativa nas vendas;
- Acumulação de dívidas e aumento de processos judiciais de cobrança.
Quando estes sinais são ignorados, a empresa entra num ciclo de endividamento cada vez mais difícil de ultrapassar.
As consequências do não enfrentar as dificuldades
Se nada for feito, as dificuldades económicas da empresa podem levar a situações graves como:
- Penhora de contas bancárias e bens da empresa;
- Impossibilidade de pagar salários, contribuições e impostos;
- Perda de fornecedores e credibilidade no mercado;
- Abertura de processos de execução fiscal ou judicial;
- Responsabilização pessoal dos gerentes pelas dívidas fiscais e à Segurança Social;
- Apresentação obrigatória à insolvência.
Evitar estas conseqüências passa por agir a tempo. Existem mecanismos legais e instrumentos jurídicos criados precisamente para ajudar empresas com dificuldades económicas.
O que fazer perante dificuldades económicas da empresa?
O primeiro passo é assumir o problema e procurar apoio profissional. Muitas empresas esperam demasiado tempo, agravando a situação e reduzindo as soluções possíveis. A seguir, devem ser consideradas medidas concretas como:
1. Análise financeira e jurídica da situação
Uma análise cuidada permite perceber a origem e a gravidade das dificuldades, bem como definir prioridades. É essencial ter um mapa atualizado das dívidas, responsabilidades, ativos e fluxos de caixa.
2. Negociação com credores
É possível renegociar prazos, montantes, juros e condições de pagamento com fornecedores, banca, Estado e outros credores. Em muitos casos, a simples abertura ao diálogo é suficiente para evitar medidas mais gravosas.
3. Planos de pagamento à AT e à Segurança Social
A legislação permite requerer o pagamento das dívidas fiscais e contributivas em prestações. O pedido deve ser bem fundamentado e acompanhado de um plano realista.
4. Reorganização interna
Por vezes, é necessário reduzir custos, renegociar contratos ou adaptar a estrutura da empresa à nova realidade. Medidas como redução de pessoal, revisão de contratos ou encerramento de unidades deficitárias devem ser ponderadas com critério e apoio jurídico.
5. Recurso a mecanismos legais de recuperação
Entre as soluções legais existentes, destaca-se o PER – Processo Especial de Revitalização, previsto no CIRE. Este mecanismo permite suspender as ações de cobrança e renegociar com todos os credores sob supervisão judicial.
Quando recorrer ao PER?
O PER é uma solução adequada quando a empresa está em sérias dificuldades económicas mas ainda é considerada viável. Requer a aprovação de um plano de revitalização pelos credores e permite negociar dívidas de forma global, com redução de montantes, alargamento de prazos ou perdão parcial da dívida.
Durante o PER, são suspensas execuções, penhoras e a empresa ganha tempo para se reorganizar e negociar com estabilidade.
O papel da assessoria jurídica
Atravessar uma fase de dificuldades económicas sem apoio jurídico é arriscado. Além das soluções financeiras, é fundamental conhecer os direitos e deveres da empresa e dos seus gerentes, as responsabilidades legais e as melhores estratégias disponíveis.
A equipa da António Pina Moreira Advogados tem larga experiência no apoio a empresas com dívidas, ajudando a encontrar soluções à medida para cada caso.
Prestamos apoio em:
- Avaliação da situação económica e jurídica;
- Negociação com credores e entidades públicas;
- Apresentação e acompanhamento de processos PER;
- Reorganização interna e revisão contratual;
- Prevenção da insolvência e proteção do património da empresa e dos gerentes.
As dificuldades económicas da empresa são um desafio, mas não são uma sentença. Com uma atuação rápida, bem orientada e suportada juridicamente, é possível evitar a insolvência e garantir a continuidade do negócio.
Se a sua empresa atravessa um momento difícil, não espere que a situação se agrave. Fale com a equipa da António Pina Moreira Advogados e descubra quais as soluções que ainda tem ao seu dispor para a recuperação, reestruturar e voltar a crescer com segurança.
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